Do lado do partido republicano Ted Cruz, Rand Paul e Marco Rubio já anunciaram suas candidaturas à pré-eleições presidenciais, restou então aos democratas lançarem seu primeiro nome; o de uma velha conhecida: Hillary Clinton.
Mulher do ex-presidente Bill Clinton e ex-senadora pelo estado de Nova Iorque, Hillary deve se equilibrar entre uma nova política e o atual governo Obama. Seu papel será encontrar um meio termo para aproveitar as vantagens trazidas pela aproximação do atual presidente com as minorias e se afastar das polêmicas agregadas pelos fracassos encontrados em alguns setores.
Qual o seu retrospecto?
Hillary ficou marcada nos últimos anos principalmente pela derrota na primárias democratas em 2008. Apontada como favorito durante boa parte das pré-eleições, ela tomou uma virada de Obama. Apesar disso, não se guardou rancores e indicada pelo partido ela assumiu o posto de Secretária de Estado no primeiro mandato.
No comando da relações exteriores do país ela foi bastante criticada por manter posições pouco firmes em relação aos regimes ditatoriais derrubados durante à Primavera Árabe. Ademais, foi durante questionada acerca do ataque terrorista à embaixada americana em Benghazi, Líbia, na qual, segundo a mídia, Clinton possuía informações vitais para evitar o ataque. Por outro lado, conseguiu recuperar o diálogo com o Paquistão além de defender o direito de homossexuais e mulheres em discurso nas Nações Unidas.
O que ela defende?
Como representante do Partido Democrata, Hillary em diversas vezes se posiciona alguns passos à esquerda, contudo, apoiou a intervenção no Afeganistão em 2001 afim, principalmente, de defender o direito das mulheres vítimas do Talibã. Ela ainda apoiou o envio de tropas ao Iraque, mas anos depois foi contra o presidente Bush e pediu o retorno de uma considerável parte das tropas.
Como já dito, ela indica também defender minorias e quando senadora votou contra a emenda que visava proibir o casamento homossexual.
Como foi seu papel como primeira-dama?
Como mulher de Bill Clinton, durante seu mandato, Hillary foi o maior destaque neste cargo desde Eleanor Roosevelt. Sendo a primeira primeira-dama com pós-graduação e uma carreira de sucesso, ela encabeçou o comando de diversos projetos de saúde e bem-estar público.
Ela ainda foi bastante elogiada por entrar na política; além disso, é frequentemente lembrada pela força com que encarou o possível escândalo sexual de seu marido, Bill Clinton, com a ex-estagiária Monica Lewinsky.
Como é vista pela oposição?
Por ser um nome de força nas eleições, a provável futura candidata democrata já é bastante criticada pela oposição. Segundo o republicano Ted Cruz, ela representaria a "encarnação de corrupção em Washington". Outro pré-candidato, Rand Paul, também a criticou por ter usado seu e-mail pessoal profissionalmente e depois excluído as provas do feito. Ademais, Paul a critica por aceitar doações sauditas para a Fundação Clinton. "Eu diria que, se Hillary Clinton acredita nos direitos das mulheres, ela teria que defender um boicote contra a Arábia Saudita".
É uma candidata relevante?
Extremamente. É o nome democrata mais forte nas primárias e desta vez não existem nomes como o de Obama que possam barrar sua candidatura à presidência. Com quase 60% dos possíveis votos, segundo a RealClearPolitics, Hillary é praticamente incontestável dentro de seu partido. Ela é seguida apenas por duas incógnitas nas primárias: Elizabeth Warren e o atual vice-presidente Joe Biden, cada um com quase 12% e uma dúvida se concorrerão.
Há críticos que a colocam, hoje, como a candidata mais forte para as eleições e afirmam que nem Jeb Bush nem Scott Walker (principais nomes republicanos) poderiam vencê-la. Outros, porém, acham precoce demais alegar com tanta veemência tal palpite.
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